28.4.07

Veterana - Vanguart, indie rock


Tudo começou há apenas 4 anos, quando Hélio Flanders gravou no seu quarto uma fita caseira de qualidade precária, usando um velho violão e exalando sentimento em canções de amor cantadas num inglês impecável. Isso era por volta de 2002, Flanders havia voltado há pouco tempo de uma temporada de "auto-conhecimento" que fez pela Bolívia, imaginem só, aos 16/17 anos. Precoce o garoto, não!? Nascia ali, naquele quarto de Cuiabá, a Vanguart.

A primeira gravação, que se chamava "Ready To...", teve boa aceitação de quem curtia um som alternativo, com aquela fusão de folk e brit rock, Hélio angariou alguns fãs e amigos, lançou depois uma nova gravação caseira "The Noon Moon" (2003) que seria o embrião de seus futuros trabalhos, essa demo trazia pela primeira vez as excelentes composições "Blood Talkin´", "Rainy Day Song", "Dolores" etc.

Depois dessas duas demos e do embrião do projeto do Espaço Cubo (que funciona em Cuiabá e incentiva os novos artistas, bem como futuros jornalistas, escritores, cineastas, artistas plásticos e outras atividades que o Espaço apóia e fazendo germinar informação na mente da juventude cuiabana) começar a funcionar, com os shows na cidade, festivais de respeito como o Calango (já na quarta edição) e o Grito Rock (tbm na quarta edição), que serviram para consolidar a cena e ações estratégicas como a do Circuito Fora do Eixo e a criação da ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes), a Vanguart ganhou força e começou a rodar o Brasil em diversos festivais independentes, aparecendo de uma vez por todas no cenário do rock nacional e conquistado um séquito fiel de fãs por todos os cantos alternativos desse imenso país.

Nessa época a Vanguart já não era mais só o Hélio Flanders, havia uma banda formada com outros músicos que aderiram a idéia de fazer folk rock numa cidade como Cuiabá, afinal todos eles gostavam de Beatles e eram muito amigos, havia algo em comum entre Douglas Godoy, Reginaldo Lyncoln, David Dafré, Luiz Lazzaroto e Julio Nha Nha - que depois deixou a banda para seguir seus estudos, mas é um Vang honorário! - havia a Vanguart. Durante essas diversas viagens e festivais, a Vanguart ainda encontrou tempo para entrar em estúdio de novo e gravar seu primeiro ep "Before Vallegrand" (2005). "Before" fala de lugares imaginários, de uma certa dor inexistente, de um sentimento confuso, lacônico. É um grande trabalho, com ótimas composições e que elevou a Vanguart à categoria de banda revelação dos últimos anos.

A música do Vanguart conquista logo de cara, mas uma coisa é preciso ser dita. Há uma grande diferença entre as gravações que a banda fez até agora e suas performances ao vivo. É ao vivo que você percebe a verdadeira força e a fúria desse folk rock envenenado pelo calor de Cuiabá. Depois de uma série de shows pelo Brasil, tocando em São Paulo, Campo Grande, Rio Branco, Brasília, Goiânia, Porto Velho, Uberlândia e Belo Horizonte. Em 2006, a banda lança um single virtual da música Semáforo, faz shows em Cuiabá no Sesc Arsenal e no Grito Rock Festival, já se preparando para rodar boa parte do Brasil. A banda toca em Belo Horizonte, Rio de Janeiro – no Ruído Festival, em São Paulo e participa do programa “Banda Antes Rock Estrada” da MTV, que percorreu várias capitais do Nordeste, com um ônibus e mais cinco bandas que se destacaram no cenário independente em 2005, essa tour passou por Aracaju, João Pessoa, Natal, Maceió, Garanhuns, Recife e outras.

2006 foi um ano de grandes realizações na carreira da banda: a primeira tour oficial da Vanguart passou por mais de 20 cidades e 14 capitais, celebrando o melhor da música folk universal com canções de amor inspiradas, a banda conta com um hit instantâneo que é cantada nos shows “Semáforo”, suas apresentações ao vivo são fortes e emocionantes, mostrando uma maturidade extra para esses “garotos”, em média com 23 anos. E muitos apostam no Vanguart como uma das grandes promessas para 2007.

Site: http://www.vanguart.net/

Video:

25.4.07

Veterana - Vodka Frog (Kelso)

Passou-se muito tempo. Muito tempo, depois que o Peu conheceu o Dreas, e eles começaram a compor o início do que seria a coisa mais importante das nossas vidas. Muito tempo, desde que o Tigas foi convidado para ser baixista, sem saber tocar nada, tendo o Rock apenas na cabeça e no coração. Muito tempo, desde que o Dani trouxe para a banda a sua energia de palco e seus solos de guitarra heavy metal. Muito tempo, depois que o Teteu veio com o seu sorriso e bom humor inabaláveis, que refletiam no seu próprio ritmo, tornando o som alegre e gostoso de se ouvir.
Você viu o Vodka começar a fazer shows em lugares bizarros, sempre chamando mais gente ao longo do caminho. Viu os lugares melhorarem, e a banda começar a se entrosar. Ouviu a primeira versão das nossas músicas, que ainda tinham um piano bem mal-tocado, e foram gravadas num estúdio de 5 metros quadrados em Pinheiros. Conheceu as bandas estranhas que a gente escolhia como cover, bandas como o Sister Hazel, Gin Blossoms e tantas outras parecidas com a gente.(trecho retirado do site da banda)

Essa é uma história como muitas que vemos por aí... uma história de sonhos e de conquistas, de jovens que se encontrarm na faculdade e decidiram fazer aquilo que mais gostavam, música! Peu, Dreas e Tigas eram alunos da Eca, Teteu do Mackenzie e Dani da ESPM.

A banda Vodka Frog esteve presente na vida de muitos jovens durante 10 anos, mas como eles mesmo disseram, resolveram mudar! E aqui fica a homenagem a essa banda que me acompanhou durante grande parte da vida! Valeu Sapos!! E agora, que venha a Kelso. (Banda nova criada pelo Peu, Dani, Teteu e Tigas)

Quer ouvir as músicas do Vodka? Acesse: www.kelso.com.br

Clipe: Vodka Frog - 15 minutos

24.4.07

Univesidade é o caminho!


A Universidade é conhecida como um local para a formação profissional e científica dos estudantes e também pelas constantes trocas de informação e idéias, devido à pluralidade de opiniões existentes.

Mas as instituições de nível superior são também um espaço muito rico para a formação e composição de bandas musicais. Isto porque é na Universidade que os amantes da música podem encontrar com maior freqüência, pessoas com a mesma preferência musical e que tenham vontade de formar aquela tão sonhada banda.

Outro fator que contribui para o surgimento de novos grupos no meio acadêmico é motivado pela maior facilidade de ter locais para se tocar, pois nas grandes Universidades há a presença dos Diretórios Acadêmicos (DA), que promovem festas dos diferentes gêneros e os integrantes da banda têm esse contato direto com os gestores dos diretórios, e assim podem divulgar melhor seu som.

Esse foi o caso da banda Acesso Restrito, que por ser composto por jovens de diferentes Universidades tem a oportunidade de em cada um DA fazer a sua propaganda boca a boca e conseguir um lugar para fazer aquilo que mais gostam como conta o baixista do grupo Kenzo Soares. “A banda existe desde o tempo do colégio, mas na faculdade quando a gente pensou que iria acabar, visto que cada um foi para um canto, aconteceu o contrário houve um aumento de shows e também de gente, já que cada um fazia a divulgação”.

Além disso, existem os Festivais Musicais promovidos, principalmente, por universidades estaduais, que dão abertura para este nicho, que é tão abundante em nosso país porém pouco valorizado pela industria fonográfica.

19.4.07

Blues: Onde tudo começou...


Nascido precisamente no delta do rio Mississipi nos Estados Unidos esse estilo musical enraizado na cultura afro-americana, foi criado nos meados do inicio do séc. XX e só ganhou força e popularidade apenas nos anos 60 com a contra cultura e seu resgate nas músicas, precisamente no rock.
Com seus temas que remetem muitas vezes ao sexo de maneira explícita e também temas mais correntes como perdas e angústias era considerado música profana pelos brancos americanos.
Primeiramente, o "blues", eram canções religiosas praticadas pelos negros do sul dos Estados Unidos para afastarem a fagida provocada pela enorme carga horária de trabalho, geralmente nos campos de algodão tão comuns nessa região do país.
Então o blues que era inicialmente uma espécie de cancioneiro começa a inserir instrumentos como o violão acústico e a gaita de boca basicamente.
Dentro desse gueto afro-americano começam a surgir grandes compositores como Robert Jonhson, considerado um mito da música em geral pela falta de dados de sua vida e de uma lenda onde ele teria compactuado com o diabo para tocar guitarra, Son House o "pai" do blues, Howlin`Wolf, Willie Dixon, Muddy Waters e claro BB King.
Todos esses compositores foram influenciados pelos grandes nomes do rock como Keith Richards a Eric Clapton passado por Jimmy Page do Led Zeppelin.
Muitos é claro viveram na pobreza e seus nomes nem se quer parecem na história do blues, alguns como BB king e Muddy Waters têm uma relativa popularidade mas a maioria não recebeu os devidos créditos de suas composições e morreram no anonimato.

Veja esse vídeo de Howlin'Wolf junto com os Rolling Stones em um programa televisivo em 1965.








11.4.07

Veterana: Móveis Coloniais de Acaju

Como?
Móveis Coloniais de Acaju
Donde?
Brasília - Universidade de Brasília
Quem toca?
André Gonzales - Voz
BC - Guitarra
Beto Mejía - Flauta Transversal
Eduardo Borém - Gaita Cromática / Escaleta e Teclados
Esdras Nogueira - Sax Barítono
Fabio Pedroza - Baixo
Leonardo Bursztyn - Guitarra
Paulo Rogério - Sax Tenor
Renato Rojas - Bateria
Xande Bursztyn - Trombone
Saite?
www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br


É com um grande prazer que dou o pontapé inicial na apresentação de bandas com essa aqui que pra mim, é um dos maiores expoentes do rock universitário do Brasil. Oriundos da capital federal, a banda cresceu aos arredores da Universidade de Brasília.
Com a formação que data de 1998, os integrantes já passaram por muita estrada pra chegar até aqui com um excelente álbum de estréia, o Idem (2005, Tratore).
Vale a pena notar a lista de integrantes, extensa, e o naipe de metais de respeito. Influências que passeiam criativamente pela música brasileira, com pitadas de Samba, Samba-Rock e passando principalmente pelo Ska (com os metais fazendo bonito), Rock Alternativo, Blues e Jazz (por que não?). Os Móveis Coloniais de Acaju atacam com músicas muito boas de ouvir com virtudes pouco correntes no cenário nacional quando falamos de ecletismo.
Ao sacar a desenvoltura das melodias, com todas as misturas, alcança algo que eu considero crucial; eles mostram identidade própria por todos os lados. Não clichês de estilos emprestados ao acaso como cansamos de ver por aí. Ou seja, eles sabem o que estão fazendo.
As letras também são um caso à parte. Não sei se sou apenas eu, mas é que eu cansei de trocadilhos infames ou desprovidos de sentido. E a música brasileira é um refúgio pra esses espertalhões, bons de rima. Digo e tenho quase certeza que a boa música é feita por quem tem boa cultura, e esses caras tem de sobra.
O disco é todo bom, mas tem alguns destaques como Copacabana, deliciosamente arranjada e acelerada, um hit por excelência. Perca peso com uma melancolia contagiante (paradoxal, não?) e Seria o Rolex? que deu origem ao primeiro clipe da banda, com uma mistura anglo-brasileira-latino-cubana muito apreciável.
Digo que eles são como eles mesmo gostam de definir, uma bela feijoada búlgara.
O saite é muito completo e tem material pra ouvir na integra, confira!

Segue também uma entrevista da qual eu participei com os caras pra Rádio Mackenzie.

Entrevista no GoEar: http://www.goear.com/listen.php?v=1ebc163

Clipe: Seria o Rolex?

10.4.07

Apresentando: Colle. Music Zone

O Colle. Music Zone é, como o nome já diz, um blog musical. Um blog musical diferente, que pretende seguir os passos de bandas de Universidades e Faculdades do Brasil. Sabemos que o meio universitário é propício a diversas manifestações marcantes, e observando, vejo que as bandas antes universitárias, nunca são lembradas como tal depois do sucesso. O que é meio estranho. Estranho porque o meio universitário poderia ser um marco musical no Brasil, assim como acontece nos EUA e na Inglaterra.
Masss... Chega de chororô. Vamos ao trabalho.
Queria explicar algumas coisas desse modesto blog. Teremos algumas seções cativas de nosso blog. Apresentando-as:

Banda Bichete: O mote. Nela a gente vai postar sempre uma banda nova. Com entrevista, material multimídia, ficha técnica e outras coisas mais. Bem bacana. Prometo.

Veteranas: Bandas que deram certo, sim senhor! Bandas que hoje estão no mercado musical (ou quase lá) e que começaram na Universidade.

Agenda:
Agenda bacaninha de show com bandas tocando em eventos das Universidades, dos Diretórios Acadêmicos, etc.

Resenha: Ouvimos um álbum e analisamos, faixa a faixa. Coisa linda!

Além disso, nossos colaboradores que vivem respirando música, prometem uma visão diferenciada, com aquele olhar clínico das notícias musicais do mundo todo.
Dá uma chance pra gente, vai! Prometemos fazer um bloguito bacana, acima da média, não um só pra não pegar DP. Acompanha o Colle. MZ, vai ser melhor que cervejada (ou quase lá).