11.4.07

Veterana: Móveis Coloniais de Acaju

Como?
Móveis Coloniais de Acaju
Donde?
Brasília - Universidade de Brasília
Quem toca?
André Gonzales - Voz
BC - Guitarra
Beto Mejía - Flauta Transversal
Eduardo Borém - Gaita Cromática / Escaleta e Teclados
Esdras Nogueira - Sax Barítono
Fabio Pedroza - Baixo
Leonardo Bursztyn - Guitarra
Paulo Rogério - Sax Tenor
Renato Rojas - Bateria
Xande Bursztyn - Trombone
Saite?
www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br


É com um grande prazer que dou o pontapé inicial na apresentação de bandas com essa aqui que pra mim, é um dos maiores expoentes do rock universitário do Brasil. Oriundos da capital federal, a banda cresceu aos arredores da Universidade de Brasília.
Com a formação que data de 1998, os integrantes já passaram por muita estrada pra chegar até aqui com um excelente álbum de estréia, o Idem (2005, Tratore).
Vale a pena notar a lista de integrantes, extensa, e o naipe de metais de respeito. Influências que passeiam criativamente pela música brasileira, com pitadas de Samba, Samba-Rock e passando principalmente pelo Ska (com os metais fazendo bonito), Rock Alternativo, Blues e Jazz (por que não?). Os Móveis Coloniais de Acaju atacam com músicas muito boas de ouvir com virtudes pouco correntes no cenário nacional quando falamos de ecletismo.
Ao sacar a desenvoltura das melodias, com todas as misturas, alcança algo que eu considero crucial; eles mostram identidade própria por todos os lados. Não clichês de estilos emprestados ao acaso como cansamos de ver por aí. Ou seja, eles sabem o que estão fazendo.
As letras também são um caso à parte. Não sei se sou apenas eu, mas é que eu cansei de trocadilhos infames ou desprovidos de sentido. E a música brasileira é um refúgio pra esses espertalhões, bons de rima. Digo e tenho quase certeza que a boa música é feita por quem tem boa cultura, e esses caras tem de sobra.
O disco é todo bom, mas tem alguns destaques como Copacabana, deliciosamente arranjada e acelerada, um hit por excelência. Perca peso com uma melancolia contagiante (paradoxal, não?) e Seria o Rolex? que deu origem ao primeiro clipe da banda, com uma mistura anglo-brasileira-latino-cubana muito apreciável.
Digo que eles são como eles mesmo gostam de definir, uma bela feijoada búlgara.
O saite é muito completo e tem material pra ouvir na integra, confira!

Segue também uma entrevista da qual eu participei com os caras pra Rádio Mackenzie.

Entrevista no GoEar: http://www.goear.com/listen.php?v=1ebc163

Clipe: Seria o Rolex?

Um comentário:

Michele Roza disse...

Caraca! Eu adoro uma boa feijoada brasileira. Fazia tempo que eu não escutava um skazinho bem bolado e tupiniquim, além de outras cositas mais. E ainda saiu de brasília! Valeu pela apresentação. Pode uma simples mortal ficar fã dos caras, assim de prima???? OU, talvez, eu só esteja bem inspirada hj. Mas depois de Abujamra... hahaha